Será que meu filho come mais do que o necessário?

Atualmente a obesidade infantil também tem surgido numa faixa etária de crianças ainda muito novas em um ritmo cada vez mais acelerado e isso tem preocupado muito a classe médica em relação ao futuro de nossas crianças.
A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de tecido gorduroso, regionalizado ou em todo o corpo. A causa da obesidade é multifatorial (fatores genéticos, ambientais e comportamentais).
É uma doença crônica que trás muitas complicações como: diminuição da autoestima, dores no corpo, elevação do colesterol, hipertensão arterial, diabetes tipo 2, problemas ósseos, gordura no fígado e até favorece o desenvolvimento de certos tipos de câncer. Este conjunto de alterações diminui muito a expectativa de vida pois leva a morte precoce por doença cardiovascular.
Na infância alguns fatores são determinantes para o desenvolvimento da obesidade: tudo começa já na gravidez com o ganho de peso materno excessivo, o desmame precoce e a introdução de leites artificiais e de alimentos inadequados para a idade, como: refrigerantes, doces, salgadinhos, embutidos e alimentos gordurosos. Os dados do Feeding infants and toddlers study mostram que 46% dos lactentes entre 7-8 meses já consumiram algum tipo de sobremesa, doce ou bebida açucarada. Muitas crianças rejeitam a introdução de novos alimentos e tem preferência por alimentos doces e ou salgados, rejeitando o sabor azedo e ácido encontrado principalmente nas frutas. Vale ressaltar que este comportamento pode e deve ser mudado e isto se consegue oferendo o alimento rejeitado por mais de 15-20 tentativas para que ela possa se acostumar com o sabor e passar a aceitá-lo. Dentre os fatores que contribuem para o excesso de peso em crianças menores está o uso abusivo de TV, computadores e outros produtos eletrônicos que fazem com que a criança brinque menos ativamente e fique muitas horas sentada sem atividade física. Outro fator de fundamental importância na gênese da obesidade infantil é o “clima afetivo” em que ela está inserida. Um ambiente familiar conturbado e desarmônico contribui para o desenvolvimento de alterações psicossociais que favorece a procura por alimentos como forma de recompensa e de bem estar.
Desta forma, percebe –se a importância de medidas preventivas que devem começar já no ambiente intra-uterino com o controle de peso da mãe. Outras medidas são: seguir corretamente as recomendações dietéticas prescritas pelo pediatra que deve ser apropriada para cada fase do desenvolvimento da criança, impedir o consumo de alimentos não saudáveis e incentivar as brincadeiras que tenham movimento são medidas que melhoraram a qualidade de vida além de aumentar a expectativa de vida.
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